sexta-feira, abril 27, 2007
posted by XAyiDe at 9:40 da tarde
Tenho estado ausente.Ainda não percebi se é estado catatónico..ou catártico. Lá do fundo do ártico, um suspiro quente. E quem sente?quem?sente? O espelho devolve-me a névoa, a réstea de suspiro que eu deixei escapar, quente, lá do fundo do ártico.
 
segunda-feira, abril 23, 2007
posted by XAyiDe at 10:43 da tarde
"Já passou, já passou
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou
Já passou, já passou
Se isso lhe dá prazer
Me machuquei, sim, supurou
Mas afaguei meu peito
E aliviou
Já falei, já passou
Faz-me rirHa ha ha
Você saracoteando
Daqui prá acolá
Na Barra, na farra
No forró forrado
Na Praça Mauá, sei lá
No Jardim de Alah
Ou num clube de samba
Faz-me rir, faz-me engasgar
Me deixa catatônico
Com a perna bamba
Mas já passou, já passou
Recolha o seu sorriso
Meu amor, sua flor
Nem gaste o seu perfume
Por favor
Que esse filme
Já passou."

Chico Buarque
 
sexta-feira, abril 20, 2007
posted by XAyiDe at 10:43 da tarde
Credo
Uma hora
uma
menos.
ai
Cigarro?
pois.
Ai.
Noticias?
ah.
pois.
 
segunda-feira, abril 16, 2007
posted by XAyiDe at 5:37 da tarde
O que vale é que está sol.
O que vale é que é bom andar lá fora.
É o que vale.
 
quinta-feira, abril 12, 2007
posted by XAyiDe at 4:54 da tarde
Avança.Recua.Pergunta.Não quer saber. Envia.Espera.Recebe.Pergunta.Não quer saber. Vê.Sente.Não pergunta.Quer saber.Não avança.Não avança.Não avança. Tivera eu mil braços e nenhum controlo sobre eles.
 
quarta-feira, abril 11, 2007
posted by XAyiDe at 3:18 da tarde
Letras resistentes à mastigação.
Letras que fazem cócegas na garganta.
Letras que não se desfazem.
Letras raras.
Todas elas...escorregadias...
Começamos logo de pequeninos a sorver problemas.
 
terça-feira, abril 10, 2007
posted by XAyiDe at 2:42 da tarde
Madrugada,
Descobre-me o rio
que atravesso tanto
para nada,
E este encanto,
prende por um fio,
é a testemunha do que eu sei dizer.
E a cidade,chamam-lhe Lisboa,
mas é só o rio
que é verdade,
só o rio,
é a casa de água,
casa da cidade em que vim (re)nascer.
Tejo, meu doce Tejo, corres assim,
corres há milénios sem te arrepender,
és a casa da água onde há poucos meses eu escolhi nascer.

Pedro Ayres Magalhães
 
segunda-feira, abril 09, 2007
posted by XAyiDe at 12:31 da manhã
Ainda sinto a aura que me envolveu nesta tarde cinzenta. Ainda tenho colados a mim pedaços de perguntas que não quis fazer. Ainda não percebi se as vontades se cruzam com a mesma intensidade e se o que levaste daqui foi o pedaço que me falta, agora. Ainda não percebi se é um até já,
até breve,
ou até sempre.
 
sexta-feira, abril 06, 2007
posted by XAyiDe at 6:05 da tarde
O meu pai costumava dizer-me:
- Vê la se te sai a Páscoa à segunda-feira...
 
posted by XAyiDe at 2:01 da tarde

 
posted by XAyiDe at 1:53 da tarde
Salão vazio.Horas que destilam dos corpos que já perderam o contacto com o mundo. Concentram-se num só. As mãos. O silêncio. A vontade. O que não pode ser, já.
 
terça-feira, abril 03, 2007
posted by XAyiDe at 9:14 da tarde
É estranho como de repente sentimos que perdemos o controlo da nossa vida.
É um encolher de ombros, mais um.
Os dias passam vagarosamente a correr pelo conta-frustrações.
As queixas são apenas suspiros, porque não há palavras para mais.
Depois passa.
O tempo,
A melancolia.
Depois regressa.
A vontade,
À vontade.

Andamos sempre a passear a vida pela trela...roida na ponta.