terça-feira, janeiro 30, 2007
posted by XAyiDe at 1:38 da manhã
Medo de descolar do papel tridimiensional que habito. Medo de respirar tanto até ficar redonda e rebolar rua abaixo.Medo de deixar de respirar, a dormir. Medo de crescer crescer crescer até não precisar de fazer bainhas nas calças da Zara. Medo de não crescer e voltar à velha panca das plataformas e ao look colegial que até na altura era ridículo. Medo de amar tanto que me esqueça que por debaixo do conceito habita uma pessoa. Medo de não amar. Medo de chorar até sufocar nos soluços. Medo de rir até sufocar com os soluços. Medo de rir sem ter graça nenhuma. Medo da morte que é bafienta e descomposta e muito branca. Medo que os outros morram primeiro do que eu. Medo de ter, ser e fazer.Medo de não ter tudo, não querer tudo, não fazer tudo. Medo de ter e não querer, medo de querer fazer e não ter. Medo de só ter medo...depois.
 



1 Comments:


At 4:54 da tarde, Anonymous Anónimo

Começo a achar que o medo impera... E pode instalar-se sabias? Assim como um companheiro de casa que não se deseja.
Um beijo