Era manhã-noite. Todos falavam em slow-motion, deixei o comando em casa e senti-me estúpido. As minhas pernas pertenciam ao passado, mas não consegui lá chegar.
Os meus pés tinham fome.
Apetecia-me ser simpático para alguém. Peguei no auricular, atei-o à volta do pescoço e fui para a rua berrar com um dos meus amigos imaginários. Era domingo, ele estava atrasado. Combinei à tarde-manhã, ele não apareceu. Nem atende o telefone...