quinta-feira, agosto 23, 2007
posted by XAyiDe at 12:37 da tarde
Às vezes chama-se satisfação mínima garantida. É dificil conjugar tantos estímulos e tantas luzes, demasiado regadas a maioria das vezes. Quando amanhece a consciência queixa-se, muitas vezes. Outras, nasce com ela uma vontade de regressar às luzes da noite anterior. A distância crítica nem sempre dá aos mãos à solução prática com que nos vestimos muitos dos dias, e quando isso acontece...sentimo-nos expostos e frágeis. Queremos sempre viver a um ritmo que não nos pertence e acabamos a maioria das vezes de mãos dadas com felizes acasos e cumplicidades encaixotadas em intermitentes single-time talks.
 
posted by XAyiDe at 12:35 da manhã
Muitos momentos revejo-me em palavras tuas.Tenho saudades delas, muitas vezes. A tua figura foi durante muito tempo a fama que te perseguia, apenas. De repente, conheci-te, conquistámo-nos e solidificámos uma das mais importantes amizades que tenho hoje em dia. Às vezes é dificil lidar contigo. E comigo, também. Já nos conhecemos demasiado bem... Acho que nunca tinha estado tanto tempo contigo. Gostei imenso do espírito que nos levou para terras de espanha, dos passeios longos e quentes, das incontáveis garrafas de água que enchiam o frigorífico e as nossas bocas, do aproveitar ao máximo o pouco tempo que nos restava..até ao nosso regresso. Lá, confirmei que tenho duas gerações de amigos. Lá, confirmei que por muito longe que esteja saberei sempre como tens passado. Lá confirmei que nos conhecemos a meio do caminho...mas que agora crescemos lado a lado. A fotografia mais bonita não a tirámos, sentimos, apenas.
 
quarta-feira, agosto 15, 2007
posted by XAyiDe at 10:39 da tarde
Absorver, descodificar, treinar. Saborear palavras numa língua que já me foi familiar..e que agora pouco mais é do que érres e ás abertos. Cidade plana e farta. Pedalámos minutos sem fim nas avenidas que se abriam a surpresas, com o mapa dobrado no bolso, a pedir que o acaso nos levasse pelo guiador a uma paragem onde sorríamos, já sem forças, a fumar cigarros sem fim e a conversar durante meio litro...ou litro e meio. A tranquilidade de um quinto andar a cheirar a salsichas fritas e a casa cheia, a vontade de fazer tudo, pensar tudo, ver tudo e revermo-nos. A chuva que levou o chinelo a L, que provocou dores de garganta a R, que me fez comer uma tarte de queijo cum café parisiense a cheirar a cabelos molhados... R, que conduzia a bicicleta de dois lugares e que nunca se enganou nos caminhos e nas vontades de todos nós. Uma semana que vai durar para sempre, com oitocentas fotografias a comprová-lo. Estejamos nós onde estejamos....We will always have Berlin (er!).