Absorver, descodificar, treinar. Saborear palavras numa língua que já me foi familiar..e que agora pouco mais é do que érres e ás abertos. Cidade plana e farta. Pedalámos minutos sem fim nas avenidas que se abriam a surpresas, com o mapa dobrado no bolso, a pedir que o acaso nos levasse pelo guiador a uma paragem onde sorríamos, já sem forças, a fumar cigarros sem fim e a conversar durante meio litro...ou litro e meio. A tranquilidade de um quinto andar a cheirar a salsichas fritas e a casa cheia, a vontade de fazer tudo, pensar tudo, ver tudo e revermo-nos. A chuva que levou o chinelo a L, que provocou dores de garganta a R, que me fez comer uma tarte de queijo cum café parisiense a cheirar a cabelos molhados... R, que conduzia a bicicleta de dois lugares e que nunca se enganou nos caminhos e nas vontades de todos nós. Uma semana que vai durar para sempre, com oitocentas fotografias a comprová-lo. Estejamos nós onde estejamos....We will always have Berlin (er!).