Parece-me sempre mais fácil escolher-te (oh tu, figura abstracta que me sorris cinicamente do alto de uma lupa de aumento na qual habita um hóspede que é um fungo verde e que nunca desce para jantar e que já convidei muitas vezes e que já desisti era só o que me faltava ter que conviver com fungos verdes anti-sociais). Estás aí (tu e esse mal-educado fungo que nunca me dá os bons-dias quando nos cruzamos na escada entre o segundo e o terceiro piso que tem um degrau partido e no qual eu tropeço sempre e tu não o fungo pensas que tropeço por estar atrapalhada pela tua presença e não percebes que eu tremo porque não gosto de baratas) e olhas-me interrogativo, sempre à espera que te conte alguma coisa inusitada e interessante e irreal.