Foi preciso chegar aos 25 anos para sentir as paredes frias da incerteza de uma resposta de bata branca. Foi preciso ir pela mão, qual catraia de 10 anos, e falar muito e depressa para não pensar nas vidas e nas dores que roçavam por mim. Foi preciso resumir a minha vida em 3 minutos. Foi preciso esperar e observar o bailado branco que tranquilamente se arrastava nas horas mortas de uma qualquer urgência que não chegava. Porque para mim, para nós, o tempo urge. Para eles, o tempo serve para nos fazer viver.