O terror de quem se deita ciente de que o subconsciente tem que verbalizar o que à mente não chega até que anoiteça. A ansiedade das respostas dadas sem perguntas verbalizadas, mas em contexto inquisidor. Lágrimas que são vertidas pela impotência de não saber que linhas traça a mente…Mas culpada à partida de um mal que sendo id, não é ego.
Ouve, mas não tentes compreender…não traces trilhos nos desvarios que me afloram aos lábios entre respirações profundas…Sou de dia, a mesma que de madrugada. Nada do que não disse é vampírico e visceral. Nada do que digo pode fazer sentido, pois é uma personagem que não conheço.
Gostava que compreendesses que eu continuo sem ter ligações a essa personagem que exigiste que te fosse apresentada no meio de um dos meus sonos profundos. Gostava que respeitasses o contrato de ficcionalidade e que não cobrasses suspiros por coisa alheia.
Porque afinal, os sonhos não são o que significam. E eu sou apenas vítima de querer o um para um. É a maneira mais justa de provares que me amas. No matter what.